sexta-feira, 11 de abril de 2008

Hoje!!! Samba no Perdiz!

Eu que tive a ALEGRIA de conhecer o Seu Perdiz e bater uma prosa boa com ele, sei de qual teatro nós estamos falando e mais ainda, da pessoa que o cara é, o do tamanho do coração que mora dentro do peito dele.

O que vale é sentar a conversar horas e horas com ele, olhando àquele olhão claro e cheio de luz... Me doí muito saber que conseguiram (mais uma vez) vencerem pela força do dinheiro - "a mola que amola o mundo" - o Teatro de Concreto e a oficina de uma homem paulista de parto, mineiro de vida, brasiliense de história, que teve o prazer e desprazer de ouvir um sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva em épocas de ABC Paulista, subindo num palenque e sendo tirado pelos policiais e (de acordo com o próprio Perdiz) partindo daquele momento virar uma "grande farça".

Entender gente que trabalha por força de suas mãos, e não se acomodam em mamar apenas das "tetas" governamentais, que conhece o poder a acima de tudo a importância do seu exercício, seja ele qual for.

Mas em terras de política e afins, ganha quem tem maior cacife.

Acho que até acabo me acostumando com essas mudanças todas.

Pena que a nossa "pena" não se adequada a outros cidadãos dessa província.

Ainda tem muita gente torcendo que derrubem o teatro mesmo.

Fazer o quê... Aquele lugar é dele (Perdiz) por merecimento, por tantos anos de trabalho, quando ainda nenhum daqueles prédios haviam nascido ali.

Meus pesames (sempre).

"E se é samba que eles querem - eu tenho!"

Então sexta-feria roda de samba à partir das 22h40 até às 01h00 da matina, uma festa e acima de tudo um grito acuado de indiganção.

Eliz

Blog da Eliz: http://elizpessoa.blogspot.com/


ADEUS TEATRO OFICINA PERDIZ

Depois de tantas ameaças a derrubada se aproxima

O Teatro Oficina do Perdiz, três semanas após ganhar as telas do Fantástico e emocionar tanta gente no quadro Me Leva Brasil, recebe um ultimato para ser demolido. Talvez, nos últimos anos, uma das poucas notícias vindas de Brasília e que tenha dado orgulho a algum brasileiro, foi a história desse torneiro mecânico, como o nosso presidente, mas, um torneiro mecânico apaixonado pela cultura e que dividiu o espaço do esmeril e da solda, com figurinos, cenários e o ritual diário dos atores.
Essa história virou filme que tem ganhado as telas de festivais no Brasil e no mundo, com o curta "Oficina Perdiz" de Marcelo Diaz. Além disso, está em fase de finalização, outro curta metragem, de Pio Gomes e que fala de dois Josés e duas oficinas, Zé Celso (Teatro Oficina – SP) e José Perdiz (Teatro Oficina do Perdiz).


A contundente ameaça ao teatro é furto dos interesses de uma empresa da construção civil (Ipê-Omni), que ergueu, ao lado do Teatro Oficina, um prédio de quitinetes e estão conseguindo pressionar governo e representantes da Secretaria de Cultura do DF para colocar abaixo 20 anos de história do teatro brasiliense.
Segundo o produtor do espaço, Marco Pacheco, a construtora quer finalizar uma marquise que invade a área ocupada por essa oficina teatro, assim, é preciso tirar de circulação mais um teatro no Brasil, por atrapalhar interesses financeiros de um pequeno grupo. O capital financeiro subjugando o capital cultural, histórico e artístico de uma cidade.


O Teatro Oficina do Perdiz é uma peculiar oficina mecânica criada em 1969 e que funciona como teatro desde 1988, sendo um dos espaços mais democráticos para os artistas e para a comunidade. O principal argumento da construtora é que a área ocupada é do GDF, e deveria ser uma área de passagem de um bloco para outro. Aqui, cabe ressaltar que quase todas as áreas de passagem da Asa Norte são invadidas por empreendimentos que nada acrescentam à vida cultural do brasiliense, que não tem nenhuma utilidade pública.


Vale lembrar ainda que o prédio do INSS incendiado em 2005 não possuía habite-se. Um dos mais nobres resorts da cidade também enfrenta problemas com a área ocupada, além disso, várias outras obras da cidade são irregulares. Qual a diferença entre essas outras edificações e a Oficina Perdiz? Por que a oficina do perdiz deve desocupar uma área pública para ser ocupada por esses empresários? Quem é beneficiado com isso? A resposta é simples: em Brasília ganha quem tem dinheiro e influência política. Será que nós, cidadãos e artistas, concordamos com isso?
O Teatro do Concreto se uniu a outros artistas apaixonados por esse espaço e está em temporada no Teatro Oficina do Perdiz com o espetáculo Diário do Maldito desde o dia 28 de março. A peça, inspirada na vida e obra do Plínio Marcos fala de resistência e compromisso com a arte. Nossa temporada é uma ação de resistência pela manutenção do espaço. Agora, corremos o risco de nem chegar ao final da temporada, prevista para 20 de abril, afinal, a obra ao lado tem urgência. Os empresários já se reuniram com a Secretaria de Cultura do DF, sem convidar a classe teatral para debater o assunto, a única proposta feita foi a retirada da Oficina do Perdiz, sem deixar claro como, quando e de que forma.


É triste perceber que a marca que esse governo está imprimindo na cultura do DF é a marca da agressão aos foliões durante o carvanal, da destruição de obras de arte na W3 Sul que homenageavam poetas e, agora, a da eminente demolição do Teatro Oficina Perdiz. Cada vez mais, fica clara a idéia de fazer de Brasília uma cidade asséptica. Brasília não é do povo, como o céu é do avião.


Gostaríamos de poder contar com o apoio de artistas, jornalistas e da população em geral para impedir esse crime contra nossa cultura.

Teatro do Concreto.

REPASSEM!!!

Contatos:

Marcos Pacheco – (61) 8142-9700 – produtor do espaço
Ivone Oliveira – (61) 9935-0860 – Teatro do Concreto
Marcelo Diaz – (61) 9212-4006 – Diazul de Cinema
Teatro Oficina do Perdiz (61) 3273-2364
e-mail:
mapael@terra.com.br
franciswilker@gmail.com
Blog:
Comunidades no orkut: http://oficinaperdiz.blogspot.com
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=28588718

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=28312461

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